Para os frequentadores do Banana Brasil.

Senhor emoção !

da esquerda para a direita

Rossi, SABIÁ REIS, Gleydson Rodrigues e Carlinhos Lima

Por volta das 23h30 chego com Marilda na mais “irada” casa de espetáculos sertanejos da região; Banana Brasil, Rod Washington Luiz, São Carlos-SP. Já não fico, mais, apreciando a decoração de extremo bom gosto  que nada fica devendo as casas de grandes cidades como São Paulo.

Antes da meia noite a quantidade de pessoas que dançam ao som do melhor DJ da região, Sandro Cardoso, o Sandrinho da Clube, é metade do que  tem por volta da 1h30 da madrugada,já  quinta-feira,09 de agosto. Lindas mulheres trajando roupas características e a maioria protegida por um chapéu de Cowboy, não esquecendo  a maquiagem e a beleza natural da mulher sãocarlense.

Um grupo de rapazes e moças( bananetes) funcionários do Banana Brasil se juntam  com o povo na frente do palco, onde Sandrinho é rei,comanda as pick-ups de forma a liberar toda adrenalina com os maiores hits do momento,  e todos dançam música country; momento que  convidados  da casa como eu Marilda, Eduardo Rossi, Helo Rossi acompanhados da comitiva do Rodeio de Barretos, ficamos de olhos fixados na evolução perfeita da dança country. Durante uma hora e meia dançamos e apreciamos a beleza das moças e rapazes que costumeiramente lotam o Banana nas quartas-férias ,dia totalmente dedicado à febre que tomou conta do Brasil , musica country-sertaneja. Quando a casa está cheia  o DJ Sandro bota uma vinheta que nos faz extremecer e olhar para o telão. Abertura do locutor de rodeio. Entra no palco empunhando o sagrado  microfone um jovem de chapéu, calça jeans,cinturão, camisa de manga longa, abotuada nos punhos, bota de salto e com uma linda e possante voz diz “ alô meu povo “; após cumprimentar os freqüentadores que já lotam todos os espaços ,começa a desfilar uma porção de versos que falam das dores do amor e da vida do peão de biadeiro. SABIÁ REIS !; isso mesmo com letras maiúsculas do mesmo tamanho da minha adimiração. Fico a  prestar a atenção no belo trabalho e facilidade que ele tem de fazer um trabalho que, apesar de mais de trinta anos de profissão, no mesmo sagrado microfone, nunca fui capaz de realizar. A cada verso o sonoplasta troca de música ; ai então Sabiá Reis, que parece tomado pelo espírito do  grande  Zè do Prato, “O "Anjo Negro", "O Grande Pai" do rodeio ensinou, com humildade, talento e credibilidade, ao Brasil amar e respeitar o rodeio.”, vai  fazendo seu trabalho com maestria e emocionando à todos. Emoção que por alguns momentos me   fez cometer um dos sete pecados capitais; a inveja.  “A inveja é considerada pecado porque uma pessoa invejosa ignora suas próprias bênçãos e prioriza o status de outra pessoa no lugar do próprio crescimento espiritual.".

Por volta das três da madrugada voltamos para casa e fiquei lembrando do Sabiá Reis, admirando seu trabalho e torcendo pelo colega; desejando sucesso. Aguardo um dia vê-lo empunhando o nosso sagrado microfone em Jaguariúna ou Barretos. Talento tem de sobra. Sou seu fã !