O
Secretário Municipal de Saúde, Edilson Abrantes, acompanhado do secretário de
Planejamento e Gestão, Júlio César Pereira de Souza, e dos vereadores Mauricio
Ortega, Rodson Magno, Cidinha do Oncológico, Paulo Taú, Eduardo Martins e do
representante do vereador Sérgio Rocha, Alex Corrêa, esteve nesta quinta-feira
(17), na Divisão de Assistência Farmacêutica da Secretaria Municipal de Saúde
(almoxarifado), onde todos os medicamentos adquiridos pela Prefeitura ou
recebidos pelo programa Dose Certa ficam estocados antes da distribuição para as
unidades básicas de saúde e de pronto atendimento.
Os
vereadores puderam constatar que além dos estoques baixíssimos de alguns
medicamentos, outros remédios estão totalmente em falta. A Secretaria de Saúde
estima que o déficit chegue a 60% do estoque. Entre os principais medicamentos
em falta estão os para diabetes, colesterol e hipertensão.
A
Secretaria Municipal de Saúde trabalha com 260 apresentações farmacêuticas.
Destas 190 são da Relação Municipal de Medicamentos (REMUME) e 70 do programa
Dose Certa. Os medicamentos encaminhados pelo Dose Certa não estão em
falta.
Segundo funcionários da Divisão de Assistência
Farmacêutica, desde junho do ano passado, somente eram comprados 10% do total
solicitado e a maioria das requisições encaminhadas à Secretaria Municipal de
Saúde voltavam sem que as medicações fossem adquiridas e sem nenhuma
justificativa.
“O
que podemos perceber também é que muitos pregões perdiam a validade, o prazo, e
os medicamentos não eram comprados. Portanto essa situação crítica não é de
hoje. Começamos a receber reclamação da falta de insulina e fomos verificar e
descobrimos que outros medicamentos básicos da rede estavam em falta, inclusive
o ácido
acetilsalicílico”,
explicou o secretário de Saúde, Edilson Abrantes.
O
secretário de Saúde disse, ainda, que o certo seria que a administração anterior
tivesse deixado um estoque mínimo para 3 meses. “Tempo hábil para que pudéssemos
fazer todas as licitações necessárias. Agora vamos ter que fazer uma compra
emergencial para que a população não fique sem medicação. O prefeito Paulo
Altomani nos solicitou o máximo de empenho para que essa situação seja
regularizada rapidamente”, ressaltou.
Questionado se essas informações não teriam sido
passadas durante o governo de transição, o secretário de Saúde disse que na
reunião que ele participou juntamente com o vice-prefeito Cláudio Di Salvo, na
época como colaborador, nada foi falado. “Conversamos sobre médicos, escala,
medicamentos, enfim toda a parte estrutural e nos informaram que estava tudo
certo”.
O
vereador Maurício Ortega, um dos vereadores que esteve visitando o almoxarifado
da saúde, ficou assustado com que viu. “É um problema sério, a câmara fria, onde
deveriam estar estocadas as insulinas, está vazia e outros medicamentos de uso
contínuo também terminaram. Cabe a nós comunicarmos à população disso e
ajudarmos a resolver esse problema”.
Para o secretário de Planejamento e Gestão, Júlio César
Pereira de Souza, a situação é lamentável e preocupante. “O que percebemos é que
essa situação se arrasta desde a metade do ano passado, nós vimos pedidos de
solicitação de compra de medicamentos encaminhados aqui pela Divisão à
Secretaria de Saúde que nunca foram respondidos, muito menos, realizada a
aquisição dos produtos. Os pedidos não atendidos eram desde coisas básicas, como
por exemplo, esparadrapo, bem como, de insulina, numa total falta de critério e
respeito com a população. A situação é crítica, mas estamos, por determinação do
prefeito, trabalhando dia e noite para a resolução do problema. A cidade não
merece passar por isso”, declarou o secretário.
No
final da tarde o Governo do Estado encaminhou a insulina regular e a NHP.
Mensalmente são usadas 2 mil doses do medicamento pela rede de saúde de São
Carlos. 2.400 pacotes de fraldas descartáveis geriátricas, que estavam em falta,
também já chegaram.
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