A Cadeia Pública de São Roque, no
interior do Estado, foi desocupada na manhã desta quarta-feira (3). Com
mais essa desocupação, a trigésima desde 2011, a Polícia Civil liberará
mais efetivo para reforçar os trabalhos investigativos e o atendimento
ao público. As cadeias públicas, em sua maioria, ficam anexas a
delegacias e são administradas por policiais civis.
O procedimento faz parte de um
plano do Governo de SP de expansão das unidades prisionais que vai
esvaziar as cadeias do Estado. Além de aumentar a sensação de segurança
da população, a desocupação das cadeias libera policiais civis, hoje a
cargo da guarda de presos, para serviços de polícia judiciária.
Normalmente, as unidades são
localizadas no centro dos municípios, enquanto as penitenciárias são
mais afastadas. Daí o crescimento da sensação de segurança da população,
impressão demonstrada pelos moradores de São Roque durante a
desocupação nesta manhã.
“Para a Polícia Civil já é um
anseio antigo. Temos a necessidade de não estar mais na guarda de presos
e, com isso, ter uma liberação de efetivo. Hoje, os que são
responsáveis pela guarda, e às vezes transporte de presos, poderão se
dedicar para a atividade fim, que é a investigação policial”, explicou o
delegado-geral, Luiz Maurício Souza Blazeck.
São Roque
A Cadeia Pública de São Roque,
localizada na Rua Quirino Capuzzo, Vila Aguiar, começou a ser desocupada
em 20 de março deste ano, e faz parte de um plano integrado do Governo
do Estado, que inclui a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e a
Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
O objetivo é fazer com que os
presos, aguardando julgamento, sejam levados para os Centros de Detenção
Provisória (CDPs), e os já julgados e considerados culpados pela
Justiça, cumpram pena nas penitenciárias, em vez de ficarem em cadeias
públicas.
“Queremos que o detento cumpra
pena na penitenciária, e aguarde o julgamento nos CDPs. Em algumas
penitenciárias, a pessoa pode trabalhar, para reduzir sua pena, e
estudar, para ter uma vida digna quando sair”, disse o governador
Geraldo Alckmin.
Plano de desocupação
Nos dois anos anteriores – 2011 e
2012 -, 29 cadeias públicas foram desocupadas. O programa visa diminuir o
número de detentos sob custódia da SSP.
Em 2000, a Segurança Pública
cuidava de 35% da população carcerária do Estado - mais de 32 mil
pessoas. Hoje, essa porcentagem caiu para apenas 2,55%, ou seja, 5.205
homens e mulheres.
“São Paulo já teve um terço dos
presos em cadeias. Hoje, nós temos pouco mais de 203 mil detentos, mas
apenas 5.205 em cadeias e carceragens. Nosso objetivo é zerar esse
número”, disse Alckmin.

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