O governador Geraldo Alckmin declarou que o estado de São Paulo vai apoiar a conclusão dos estudos para o registro e liberação da substância fosfoetanolamina sintética (pílula do câncer).
O anúncio aconteceu na noite desta segunda-feira (23), no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, em audiência que contou com a participação do deputado federal Lobbe Neto (PSDB-SP); dos deputados estaduais Roberto Massafera (PSDB) e Ricardo Madalena (PR); do defensor público federal, Dr. Daniel Macedo; do pesquisador Gilberto Chierice, coordenador dos estudos da substância no Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), Campus de São Carlos; e da paciente Bernardete Cioffi, que é usuária da fosfoetanolamina.
Lobbe relatou que o governador se prontificou solicitar à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que autorize o regime compassivo, que abre exceção para o uso da substância, até que tenha aprovação final do governo federal, além de colocar à disposição, toda a estrutura do Estado, como hospitais, institutos de pesquisa e o laboratório através da Fundação para o Remédio Popular - FURP, para ajudar na conclusão das etapas para aprovação final da fosfoetanolamina.
"A paciente Bernardete relatou que com a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, teve que interromper o seu tratamento e todas as suas dores voltaram. Se vai curar, ela não sabe, mas pelo menos estava amenizando a sua dor", contou.
O pesquisador Chierice declarou que ficou muito contente com a receptividade do governador. "Estou muito feliz com o resultado dessa reunião e a disponibilidade do governador Alckmin em colaborar com a nossa causa. Saímos daqui mais esperançosos, pois tem muita gente morrendo de câncer, por conta de toda essa demora na liberação da fosfo", contou.
Na manhã desta terça-feira (24), durante a Comissão Geral realizada no Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, o deputado Lobbe voltou a cobrar providências do Poder Executivo Federal para a liberação da substância. "Peço encarecidamente que esse Congresso Nacional pressione os órgãos competentes e que a Anvisa faça a sua parte e libere a produção, pelo menos, aos pacientes terminais, para que possam amenizar um pouco de suas dores e sofrimento", finalizou.

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