*Paulo Magri
Dezesseis pessoas foram detidas na manhã de anteontem em Rio Preto sob suspeita de estelionato e formação de quadrilha. O grupo estava em Rio Preto pedindo doações de roupas ou alimentos em vários bairros da cidade. O material arrecadado seria revertido para uma suposta entidade beneficente de São Paulo, chamada de Grupo de Apoio ao Menor e ao Idoso (Gami). Oito toneladas de roupas e três de fardos de produtos alimentícios foram apreendidos pela polícia. A ação foi descoberta depois que um dos integrantes da entidade foi pedir doações na casa do titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Rio Preto, Osmar Ribeiro Santos, que desconfiou da atitude do grupo, por ser da capital paulista e estar angariando donativos na região. Depois de apurar o caso, a polícia descobriu que a instituição não tinha autorização de órgãos públicos para atuar na cidade.

Segundo o delegado, foi apurado que a Gami cuida de apenas 13 idosos em São Paulo e o volume arrecadado de roupas era muito maior que as necessidades da entidade. “Acredito que a instituição sirva como fachada para um negócio altamente lucrativo”, diz o delegado. Santos suspeita que o material doado serviria para abastecer vários brechós da periferia de São Paulo. “A entidade mantinha um esquema milionário no interior paulista. Somente em Rio Preto, um salão e uma casa foram alugados para dar estrutura à ação de 16 pessoas. Eles também estavam com duas peruas Kombi. Nesta segunda-feira, eles iriam alugar um caminhão para levar todo o material à capital”, diz Santos.

Segundo do delegado, todos foram ouvidos e liberados. J.O.S., 28 anos, a mulher dele O.M.S., 29, e A.S., 20, foram indiciados por suspeita de estelionato. Eles são considerados os coordenadores do grupo em Rio Preto. “O restante do pessoal disse em depoimento que recebeu um salário mínimo e cesta básica para arrecadar as roupas”, diz Santos. O titular da DIG apurou que o grupo estava em Rio Preto há 15 dias e já havia angariado roupas também em Mirassol e Ipiguá. Das 16 pessoas detidas, três deverão responder processo por estelionado. Os três são suspeitos de coordenar a equipe contratada para pedir doações.

“Instaurei inquérito para apurar a atuação deles e pedi o apoio da Polícia Civil em São Paulo para que investigue a entidade, inclusive o responsável por ela”, diz o delegado. Além da região de Rio Preto, o titular descobriu que o grupo esteve em Guaratinguetá e Presidente Prudente no mês passado. Representantes da entidade foram procurados, mas não foram encontrados para falar sobre o assunto
 
*diarioweb.com.br

2 comentários:

  1. Essa noticia foi publicada no www.diarioweb.com.br em 12.07.2005.

    Qual a intenção de republicá-la depois de tanto tempo ?

    Descobri esta noticia depois que a GAMI passou aqui no meu bairro (10.10.2012).

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    1. PQP, verdade, é uma notícia bem velha. Ohhh sitezinho vagal kkkkkkkkkkkkkk

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