Na manhã desta segunda-feira (1º/4) os
secretários
municipais de Educação, Carlos Andreucci, de Administração e
Gestão de Pessoal,
Helena Maria Cunha do Carmo Antunes, de Governo, Júlio César
Soldado e de
Comunicação, Luciano Arantes, receberam, no Paço Municipal,
representantes do Sindicato dos Servidores
Públicos e Autárquicos Municipais de São
Carlos (Sindspam), dos
professores e os vereadores
que fazem parte da Comissão de Educação da Câmara Municipal,
Ditinho Matheus
(PMDB) e Roselei Françoso (PT) e o representante do vereador
Mauricio Ortega
(PSDB) para esclarecimento de algumas dúvidas quanto ao
anteprojeto de lei
com
a proposta para que a Prefeitura possa
colocar em execução a
Lei Federal Nº 11.738/2008, que já deveria estar sendo cumprida
desde 2008, e
que estabelece que os professores da rede pública tenham 1/3 da
jornada de
trabalho para atividade extraclasse.
A secretária de Administração e Gestão
de Pessoal,
Helena Maria Cunha do Carmo Antunes, começou sua explanação
lembrando que o
anteprojeto de lei foi elaborado levando-se em consideração
alguns pontos, como
por exemplo, que em São Carlos o piso salarial profissional
nacional para os
profissionais do magistério público da educação básica já é
cumprido, que o
ajuste da jornada de trabalho, já estabelecida em dezembro de
2012, exigiria
uma reorganização e mudanças significativas na distribuição da
carga horária
dos profissionais da Educação Básica em cada unidade e em cada
setor de
atendimento e que reorganizações e mudanças após a atribuição
das aulas para o
ano letivo de 2013 trazem prejuízos aos educandos. “Portanto não
alteramos a
carga horária dos professores em sala de aula. Um dos artigos do
anteprojeto
propõe a alteração da jornada semanal do docente de forma que
para o professor
I, por exemplo, a jornada atual de 30 horas, sendo 25 em
atividades com os
alunos e 5 horas de trabalho pedagógico, passe a ser de 33
horas, mantendo 25
em sala de aula e 8 entre trabalho pedagógico e atividades”,
explicou a
secretária.
Já
Júlio
Soldado, secretário de Governo, lembrou que a
implantação completa da
lei em sua
totalidade exige aporte de recursos financeiros além dos limites
estabelecidos
pela Lei de Responsabilidade Fiscal. “Estamos fazendo o que a
lei nos permite
fazer nesse momento”.
Terminando sua explanação a secretária
de
Administração citou alguns exemplos de como ficariam os salários
dos
professores. “O Professor 1 – Magistério, com jornada semanal de
30 horas,
sendo 25 em sala e 5 de trabalho pedagógico que hoje recebe R$
1.655,00
passará, se aprovado na Câmara, a fazer as mesmas 25 horas em
sala e terá mais
8, sendo 2 de HTPC (reuniões pedagógicas nas unidades de ensino)
e 6 de HTPI
(momento de estudo para o aperfeiçoamento profissional –
atividade pedagógica),
porém o salário passará para R$ 1.820,50. Quero deixar claro que
nesse valor
não está incluído o dissídio coletivo salarial que ainda está
sendo analisado”.
Outro ponto discutido na reunião foi
quanto à função
de educador de creche I e II, o antigo pajem, que precisa de
ajuste no piso
salarial para adequação ao piso nacional. “Ficou acertado que
após possível
aprovação do anteprojeto da lei do piso serão feitos ajustes
para que o
educadores de creche I e II, hoje temos somente 10 funcionários
nessa situação
na rede, tenham um salário igual ao piso nacional. Será um
incentivo para que
eles possam se qualificar”, disse Helena Maria Cunha do Carmo
Antunes.
Para o secretário de Educação, Carlos
Andreucci, a
reunião foi muito boa, já que conseguiu esclarecer a aplicação
possível da
relação 1/3 e 2/3. “Foi
um diálogo
saudável e esclarecedor que deixou claro que a proposta foi
elaborada em pouco
tempo, porém dentro do que é possível. Conseguimos que o
sindicato, professores
e vereadores entendessem todos os pontos da proposta”, garantiu
Andreucci.
Já Gilberto Antunes, do Sindspam,
afirma que a reunião
foi muito esclarecedora. “Alguns pontos da proposta que o
Sindicato achava que
não estavam de acordo, agora com essa explicação dos secretários
conseguimos
entender e vamos apoiar a aprovação na Câmara e continuar
cobrando a
continuidade da implantação”.
Já o vereador Ditinho Matheus garantiu
ser
significativa a reunião. “O que vimos aqui é a disposição em
valorizar os
professores da rede municipal de educação. Estamos caminhando
para a
implantação total da lei do piso”.
Para o vereador Roselei Françoso todas
as dúvidas
foram esclarecidas. “Entendemos que a Prefeitura precisa
realmente de um prazo
para aplicar a lei integralmente. Fiz parte da administração
anterior, fui
diretor financeiro da Secretaria de Educação, e reconheço que a
implantação
dessa primeira etapa é um avanço, ficando muito próximo do que
estabelece a
lei. Vou votar pela aprovação porque os professores não podem
mais esperar por
esses benefícios”, garantiu o vereador da oposição.

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