*CUT fará manifestação dia 7 de abril
BRASÍLIA Preocupado com o tamanho das manifestações contra a presidente Dilma Rousseff no último dia 15 e com a alta rejeição ao governo apontada pelas pesquisas, o PT tenta reagir com a mobilização de sua militância e a realização de atos públicos. Em paralelo, o partido cobra do Palácio do Planalto uma agenda positiva e tenta flexibilizar o ajuste fiscal.
Aproveitando o aniversário do golpe militar, terça-feira, o PT convoca o Dia Nacional de Mobilização em todo o país. Os petistas querem usar como mote o fato de participantes das manifestações do dia 15 terem defendido a volta da ditadura. Em São Paulo, o ato será na quadra do Sindicato dos Bancários e terá a participação do ex-presidente Lula. O lema será “Democracia sempre mais, ditadura nunca mais”.
— Qualquer mobilização que pede hoje a volta do regime militar é de uma inconsequência tamanha. A ideia é que em todos os lugares se faça uma reflexão profunda do que foi a ditadura no Brasil — disse o secretário de Organização do PT, Florisvaldo Souza.
Amanhã, Lula se reunirá com os presidentes estaduais do PT e a Executiva Nacional do partido, em São Paulo. A intenção é mobilizar a militância, assim como foi feito no segundo turno da campanha de Dilma à reeleição.
— O PT precisa se defender dessa tentativa de desmoralização e de cassar o partido. O partido precisa se mexer, se mobilizar, ir para a rua também — disse o líder do PT, senador Humberto Costa (PE).
No dia 7 de abril, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), ligada ao PT, fará nova mobilização, nos moldes da realizada no último dia 13. Desta vez, a pauta principal é a oposição ao projeto, em tramitação no Congresso, que regulamenta a terceirização, mas de novo haverá defesa da democracia, da Petrobras e da reforma política.
A CUT se equilibra entre as críticas ao ajuste fiscal proposto pelo governo e a defesa da presidente. “O mandato popular dado a Dilma no segundo turno de 2014 não foi para uma pauta de aumentar os juros e promover políticas recessivas para conter a inflação. Para a CUT, o combate à crise se faz com crescimento econômico, mais empregos e salários, investimento público e ampliação de direitos, o que implica em mudar a atual política econômica”, afirma texto de sua Executiva Nacional.
*O GLOBO

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