Sergio Pepino-
Do- Jornal Primeira Página.

Em meio à crise financeira tão divulgada pela Prefeitura de São Carlos, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) quer fazer uma reestruturação administrativa, ou seja, extinguir e criar novos cargos e ainda aumentar o número de funcionários da autarquia. Este impacto financeiro nos cofres públicos será de mais de R$ 2,6 milhões em 2015 e saltará, em 2017, para quase R$ 3 milhões. Além disso, o Saae, segundo planilha da própria, tem mais de 540 funcionários e o número de servidores pularia para 635, entre os concursados e os comissionados.

Esta reestruturação, que foi protocolada na Câmara, chama a atenção pelos números gigantescos da sua folha de pagamento e o aumento gerado com as mudanças propostas. Hoje, a folha anual da autarquia é de R$ 19.549.215,45 e vai saltar para R$ 22.219.601,67. Com a reestruturação em 2015 o impacto mensal nos cofres públicos será de mais de R$ 222 mil. Alguns cargos terão aumentos consideráveis em seus vencimentos.

POPULAÇÃO PAGA A CONTA - Se o projeto for mantido, já que o jurídico da Prefeitura o retirou do Legislativo no último dia 27 de março, começa a ficar mais claro para o consumidor o aumento no valor da tarifa de quase 10% determinado pelo diretor presidente, Sérgio Pepino. Desde o dia 21 de março a população paga mais cara pela água que utiliza em casa, nos estabelecimentos comerciais e indústrias. Um reajuste bem acima da inflação do ano passado, afinal, por ser um órgão público, são os consumidores que acabam pagando o impacto financeiro de mais de R$ 2,6 milhões ao ano, e o aumento no número de funcionários. Vale lembrar que, em 2017, já em outra administração, o impacto nos cofres públicos será de quase R$ 3 milhões.
BURACOS E VAZAMENTOS – Enquanto o diretor presidente do Saae quer fazer uma reestruturação e aumentar os gastos com folha de pagamento e contratar mais servidores, afinal a planilha da autarquia mostra que o número saltará de 548 para 635, se contarmos os funcionários concursados e os de indicação política (comissionados), a cidade vive uma onda de reclamações pela ineficiência do serviço prestado. Quem liga no 0800 do Saae e denuncia um vazamento vê sua solicitação demorar para ser atendida e, quando isso não acontece, buscam uma alternativa denunciando nas redes sociais e na imprensa. O Primeira Página noticia quase que diariamente vazamentos pela cidade que demoram dois, três meses para sofrerem reparos, apesar de a população reclamar.


Moradores denunciam também que quando a autarquia vai realizar o conserto dos vazamentos deixa verdadeiros buracos abertos, muitos cobertos apenas com terra, e neste período de chuvas que vivemos, a população tem que conviver com um verdadeiro lamaçal. Isso acontece na rua Ananias Evangelista de Toledo, próximo ao Parque do Bicão, e é apenas um dos exemplos de muitos outros casos em vários bairros.

Apesar de querer aumentar a folha de pagamento e causar um impacto financeiro de mais de R$ 2,6 milhões, o Saae não consegue eliminar os vazamentos de esgotos que acontecem pela cidade. Moradores, como já noticiado pelo Primeira Página, muitas vezes são obrigados a conviver com o mau cheiro em frente de suas casas.
 

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