A direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Região realiza desde a semana passada assembleias junto à categoria para alertar sobre os perigos do Projeto de Lei 4330, que legaliza a terceirização de diferentes setores trabalhistas na sociedade brasileira,resultando em perdas salariais e sociais aos trabalhadores.

Dos 513 deputados federais que compõem o Congresso Nacional, 324 aprovaram na terça-feira (08/04) o texto base do PL 4330.

De acordo com os dados apurados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) o texto do projeto de lei não melhora as condições dos cerca de 12,7 milhões de terceirizados (26,8% do mercado de trabalho) e ainda amplia a possibilidade de estender esse modelo para a atividade-fim, a principal da empresa, o que é proibido no Brasil. Fragmenta também a representação sindical e legaliza a diferença de tratamento e direitos entre contratados diretos e terceirizados.

Para Erick Silva, presidente do Sindicato, o PL 4330 é um retrocesso para a classe trabalhadora. “Somos contra o PL 4330 e não vamos nos render ao ataque do Congresso. O terceirizado  se machuca mais e ganha os menores salários.  A nossa luta é contra a precarização, vamos  continuar protestando  por nossos direitos”, declarou.

O presidente do Sindicato ressaltou ainda a importância dos trabalhadores fiscalizarem o voto dos seus deputados, se foram a favor ou contra os trabalhadores. “Em agosto de 2013 realizamos um grande ato na cidade contra o PL 4330, inclusive com a participação maciça do então deputado Newton Lima. Infelizmente na votação desta semana o deputado Lobbe Neto, da nossa cidade, votou a favor da precarização, ou seja, cometeu um atentado a classe trabalhadora e agora deve explicações. É por isso que devemos estar atentos e ver quem realmente representa os interesses da classe trabalhadora.”, explicou Erick.

Com a aprovação o projeto segue para a apreciação do Senado, onde deverá passar por aprovação nas comissões antes de ser votado. Se houver alguma modificação no Senado, o projeto volta para a Câmara. Se for aprovado no Senado, vai para a sanção presidencial.

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