A primeira lembrança que tenho de festa junina, foi na casa de uma avó. devia ter de 3 a 4 anos e ainda consigo trazer a memória o tio Antonio ( Ferreirinha), soltando bombinhas e nos mostrando fósforos coloridos e eu ficava impressionado. Naquele tempo, ainda, se soltava balões, lindos, que nos faziam olhar para o céu até desaparecerem na escuridão nas noites de junho, por sinal em São Paulo bastante frias, um pouco mais do  que aqui, no interior. Cresci com o sentimento de melhores festas sendo ,as  juninas e Natal. Na adolescência eu e os irmãos, mais velhos, e nossa turma, da rua 5 no Jardim D`Abril, tendo o saudoso Humberto como lider divisavámos um balão e saíamos atrás. Algumas vezes ia la pelos lados da Rod. Raposo Tavares e lá estávamos correndo atras. Era obrigação trazer ao menos um pedaço da folha, de seda, para provar que havia "pego" o balão. Tal façanha dava "moral".
Depois de adulto, ainda fiz uns balões "caixa" 16 folhas, soltava sempre no dia 19 de Junho, aniversário da minha segunda filha Sabrina Lima. Me lembro que  o último, eu ainda moleque, tinha uns 19 para 20 anos, quase matei um menino. O balão demorava a pegar  velocidade, era o balão da Sabrina, quando observei ,do lado de dentro do muro da nossa casa, a molecada jogando pedras para derrubar o balão num ato terrorista, não pensei duas vezes, o alicate que estava, ainda na minha mão, para colocar a tocha, que era feita de saco de estopa, pano de cera, velas  picadas, breu e querosene, era presa  na boca ,com arame, num ato de loucura e para defender o balão de aniversário da Sabrina, com muita raiva ,joguei no meio da molecada, agradeço a Deus por ter não ter machucado ninguém. O balão se foi.
Hoje, 22, eu e Marilda fomos a uma festinha junina. Digo festinha por se tratar de uma festa  na escola. A CEMEI- Ruth Bloem  Souto, Vila Carmem. Linda !!!. Fui todo animado, afinal nossa afilhada de um ano e nove meses, Helena Rafaela e a irmã Maria Clara, iam dançar. La  fomos nós, câmera fotográfica  e um táblet para filmagens.

Ali deu para notar a luta de pessoas da sociedade e funcionários dedicados. As crianças da EMEI- Ruth Bloem, devem ter um verdadeiro amor por aquelas almas bondosas, profissionais acima de tudo, gente que faz o que gosta. A festa estava linda, bem cuidada, comidas típicas à vontade, refrigerante, decoração, quase tudo maravilhoso. Só faltou o governo. (¿Hay gobierno?)
Não vi uma autoridade, eleita pelo voto popular, nenhum secretário, prefeito nem da para cobrar, é um só. Quando fomos nos aproximando ja comecei a botar defeito; no som. Será que custaria o fim do mundo, abraçar aquelas professoras e diretora para juntos mostrar que o governo se interessa pela realização de uma festa ?
Será que os dedicados funcionários, que conseguiram junto a comunidade tudo de bom que estava na festa e a prefeitura nem ao menos um som a altura da luta de quem não vive atras de votos, de pessoas que  trabalham pelo prazer da realização ?. Pois ´Sr Paulo Altomani...após o que vi na EMEI- Ruth Bloem eu lhe digo “SE HAY GOBIERNO, SOY CONTRA!”-

Só para saber:- ¿Hay gobierno?
Helena Rafaella

1 comentários:

  1. meu querido poeta das prosas, vamos falar da beleza da festa junina e dos esforços para realizá-la, porque sobre a presença de governantes (sejamos a favor ou contra), ano que estarão todos lá... não acha? Texto poético, nostálgico... gostoso... boa noite...

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