"Zé".
"fala sobrinho, tudo bem ?, e Claudião ?"
O Zé está bem. Assim respondia o Neno ( Claudio Zechin ),
filho do Claudião.
O ano era 1988, fim do primeiro semestre. Havia saído de uma rápida estada na Radio e
TV Morada do Sol, em Araraquara.
Naqueles tempos poucos mantinham o sustento da familia
como locutor/apresentador, talvez o
Afonso Gobatto fosse o único.
Eu, recem chegado de
São Paulo, tinha trabalhado em algumas emissoras mas sempre junto com um
segundo trabalho, tipo jornal ou uma
infeliz passagem por um banco.
Terminado o freelancer , que fiz na Morada por conta de uma
empresa de bilhar que trabalhava, o
coração se perguntava se deveria voltar para São Paulo, pois estar fora do
Rádio era uma martirio.
Ouvia o Gobatto e Luciano Arantes, eram os caras que eu mais gostava de ouvir e os
invejava, pois estava fora do Rádio.
Um dia, não sei como, mais coisa de Deus, me bate á porta
Celso Capellini, e chama para trabalhar na Radio Progresso, logo em seguida
chega Claudionor Zechin e de lá para cá nunca mais deixamos de conviver.
Gosto de escrever, mesmo não sendo meu forte, mas hoje não da. Hoje
quero ter o direito de chorar muito de saudades, chorar pelo inconformismo e
não aceitação. Não perdi um colega, perdi um
pai, um amigo, um exemplo de honestidade, honra , amor pela familia.
Perdi o Zé.
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