A Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê que o
número de desempregados crescerá em 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo este
ano e em 1,1 milhão em 2017. Ou seja, em dois anos, 3,4 milhões de pessoas a
mais farão parte do contingente global de desempregados.
Do total de trabalhadores que passarão a integrar as
estatísticas do desemprego em 2016, segundo a OIT, 700 mil serão brasileiros.
Os dados estão no relatório World Employment and Social Outlook – Trends 2016
(Emprego no Mundo e Perspectiva Social – Tendências 2016), divulgado hoje (19)
pelo organismo multilateral.
Segundo a OIT, que é vinculada à Organização das Nações
Unidas (ONU), as estimativas se baseiam nas projeções mais recentes de
crescimento econômico. Na avaliação da entidade, a desaceleração econômica
global ocorrida em 2015 tende a causar um impacto atrasado sobre os mercados de
trabalho em 2016, resultando em um aumento nos níveis de desemprego,
particularmente nas economias emergentes. A entidade destacou principalmente as
economias da Ásia e América Latina.
Especificamente na América Latina, a OIT informou que o Brasil,
“maior economia da região”, está “entrando em uma severa recessão”. Conforme o
organismo, o fenômeno de queda na atividade econômica no país e em outras
economias emergentes reflete “uma combinação do declínio em preços de
commodities (produtos básicos com cotação internacional) e fatores
estruturais”. Como principal problema estrutural na América Latina, foram
citados os baixos ganhos em produtividade.
O organismo acrescentou que a economia asiática foi afetada
pelo crescimento mais fraco do que o esperado na China, combinado ao menor
preço das commodities. “Em 2015, o crescimento econômico da China caiu para
abaixo de 7% (para 6,8%) pela primeira vez em mais de duas décadas".
Segundo previsão da OIT, a China terá um acréscimo de 800
mil no número de pessoas desempregadas, sendo 400 mil em 2016 e 400 mil em
2017.
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