Do- G1.com.
Uma "armadilha" para monitorar mosquitosAedes aegypti, transmissores da dengue, é uma medidas que levaram Santa Bárbara d'Oeste (SP) a reduzir em 78,4% o número de casos da doença. Segundo a Prefeitura, a quantidade de infectados, que foi de 1,9 mil entre 1º de janeiro e 7 de abril de 2014, caiu para 409 no mesmo período de 2015.
O município teve epidemia no ano passado, com três mortes, e agora vive situação oposta à de cidades vizinhas como Iracemápolis(SP), que está em estado de emergência, eLimeira (SP), com 6,7 mil casos e 10 mortes.
As iscas para o inseto são recipientes de plástico preto instalados em casas pré-selecionadas, com distância de 500 metros entre uma e outra. Dentro dos potes, há água e uma palheta de madeira, que é recolhida uma vez por semana e encaminhada para análise em laboratório. Em caso de presença de ovos do Aedes aegypti, o resultado indica que naquela região há fêmeas do mosquito circulando e possibilita a antecipação de medidas.

De acordo com a Prefeitura, o método é preconizado pelo Ministério da Saúde e os moradores assinaram termo de consentimento para que as armadilhas fossem instaladas. Durante a visita dos agentes, os recipientes recebem um produto químico que elimina as larvas. A ação foi iniciada em agosto de 2014 com o objetivo de antecipar o plano de combate à dengue.
"É o chamado índice entomológico, que aponta os locais onde o mosquito está mais presente. Esse método previne epidemias, pois não precisamos ter pessoas infectadas para começar a agir", disse o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Alexandre Visockas.

3 mortes
Em 2014, Santa Bárbara enfrentou uma epidemia histórica de dengue, com mais de 3,5 mil casos e 3 mortes. Para Visockas, o problema serviu como "lição" e forçou novas formas de combate à doença.
"Aprendemos a fazer o dever de casa. Além das armadilhas, também mantivemos o trabalho dos agentes de forma contínua, como bloqueios e nebulizações no inverno. E o Executivo criou uma lei que proíbe criadouros nos prédios públicos, responsabilizando os chefes de cada setor por isso", complementou o coordenador.
Nova Odessa
Outra cidade na contramão da região é Nova Odessa (SP), que tem redução de 37,3% nos casos. Neste ano, entre 1° de janeiro até segunda-feira (6), foram 121 doentes, ante 178 no mesmo período de 2014.
"Realizamos visitas de casa em casa o ano passado inteiro. Em alguns locais, voltamos até 3 vezes na mesma residência. Fizemos muitas campanhas de conscientização e, recentemente, inauguramos a 'perua' da dengue. É um laboratório móvel que mostras as diferentes fases do mosquito e que está visitando escolas da rede pública", disse o diretor de Vigilância em Saúde, Manoel Messias de Oliveira.
Epidemias na região
Santa Bárbara fica a cerca de 30 quilômetros, de Limeira, cidade que registra a pior epidemia de dengue entre as 18 cidades da região de Piracicaba (SP). Balanço divulgado nesta terça-feira apontou 6.725 casos confirmados, com 10 mortes confirmadas e outras 5 sob investigação. 
Iracemápolis, que também é vizinha à Santa Bárbara, decretou neste mês estado de emergência devido à doença. Tem 276 doentes e 1 morte suspeita, segundo balanço divulgado nesta semana. Outro município em epidemia é Elias Fausto, com mais de 300 registros em 2015.   

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