Mesmo com aquele dilúvio, por voltas das 15h da segunda-feira (23) com muitos alagamentos e enchentes o Secretário de Governo Waldomiro Bueno apresentava aos vereadores presentes, naquele momento, o Projeto de Lei de Reestruturação Administrativa da Prefeitura Municipal de São Carlos.
Para quem esperava uma economia maior com cargos políticos parece que houve certa decepção. Ao todo são 206 (duzentos e seis) cargos comissionados (confiança) num gasto mensal de 18,7 milhões e 278 (duzentos setenta e oito) com funções gratificadas, com despesa mensal de 7,4 milhões de reais, portanto, a administração pública terá ainda 484 cargos vinculados ao governo.
Quando Altomani assumiu a Prefeitura Municipal em 1º de janeiro de 2013 o quadro de cargos políticos era de 467 servidores, sendo 242 de Comissionados e 225 de funções gratificadas (fonte Portal Transparência – Transição). Para atender sua base política aprovou duas leis municipais criando aproximadamente 160 cargos.
Por meio de um Inquérito Civil foi obrigado a exonerar 82 cargos de confiança, após Termo de Ajustamento de Conduta – TAC - com Ministério Público. A semana passada foi novamente obrigado a demitir perto de 114 cargos de confiança após decisão do Tribunal de Justiça, numa Ação Direta de Inconstitucionalidade.
O Projeto deverá ser aprovado. Antes passará por uma audiência Pública na Câmara Municipal. A novidade entre as funções gratificadas está na criação de 160 (cento e sessenta) Lideres de Equipes e 25 (vinte e cinco) Oficial de Gabinete.
Nos cargos comissionados estão de volta os Subprefeitos e seus Assessores distritais, num total de 20 (vinte) cargos. Outra novidade é a criação do Chefe de Serviço com 60 (sessenta) cargos. Cresceu o número de Diretores, saltando de 55 (cinquenta e cinco) para 90 (noventa) cargos de confiança.
Segundo informações extraoficiais, o governo municipal economizará anualmente 7 milhões com cargos de confiança. Muito distante dos valores prometidos pelo atual prefeito durante sua campanha eleitoral. A estrutura de 1º escalão terá 15 (quinze) Secretarias, uma a menos do que em 2013.
Foram extintas as Coordenadorias de artes e Cultura, Meio Ambiente e incorporadas em secretarias. A expectativa da população é de que o preenchimento dos cargos não tenha apenas critérios políticos e se busque pessoas técnicas qualificadas para o exercício pleno de suas funções na defesa do interesse público
Só vamos ver se a câmara aprova tal aberração , pois se a população espera que os critérios para nomeações sejam técnicos , podem sentar e chorar , pois esse trem da alegria é puramente politico.
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